Pessoas sofrem e são ajudadas diferentemente

Ajudar pessoas em luto ou em qualquer outra circunstância de sofrimento não é simples. Por exemplo, quando Nina faleceu, tanto eu quanto minha esposa sofremos, mas as nossas respostas a este sofrimento funcionavam diferentemente um do outro.

Assim também acontecia com as palavras de encorajamento. Amigos e amigas, no melhor das suas intenções, nos incentivavam a caminhar para frente e de cabeça erguida. Diversos deles, por serem irmãos em Cristo, citavam passagens bíblicas. Mas por que algumas destas passagens me ajudavam, mas não ajudavam a Karen [minha esposa]? Por que algumas destas passagens falavam ao coração dela, mas não falavam ao meu?

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O sofrimento da solidão

Por Vaneetha Rendall Risner

Uma das coisas mais difíceis para mim sobre o sofrimento é a solidão.

Inevitavelmente eu me sinto isolada. Ainda que meus amigos possam me ajudar, eles não conseguem se simpatizar com a minha tristeza. É um poço muito fundo.

Quando a perda é recente, pessoas ficam ao redor. Elas ligam, oferecem ajuda, enviam cartões e trazem refeições. O cuidado delas ajuda a aliviar a dor, mas por um tempo somente. Então elas param com as refeições, o telefone fica mudo e a caixa dos correios vazia.

Ninguém sabe o que dizer. Eles não têm certeza o que perguntar, por isso, muitos não dizem nada. Às vezes estou de boa com isso. É difícil falar sobre a dor. E eu nunca quero aquele sentimento de dó, com um olhar triste, o aperto no braço, e a pergunta silenciosa: “como você está?”

Eu não sei como responder a esta pergunta. Eu não sei como eu estou. Parte de mim está desmantelada. Eu nunca serei a mesma pessoa. Minha vida está radicalmente alterada. Todavia, outra parte de mim anseia pela normalidade, um retorno à familiaridade; para se misturar com a multidão.

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Faça um milagre, Deus!

“Thiago Zambelli, você acha que eu devo orar a Deus por um milagre, para que Deus cure o meu filho?”

Fátima,* com certeza sim! Permita-me nos apresentar como um exemplo de casal que orou para que Deus fizesse um milagre na vida de nossa filha. Antes mesmo que eu e a minha esposa soubéssemos que Nina tinha a síndrome de Patau, já orávamos para que Deus fizesse um milagre na vida dela: curasse seu quadro de fenda palatal e lábio leporino.

Porém, Fátima, como já deve saber sobre a nossa história, o milagre de Deus não aconteceu como nós esperávamos. De fato, ele aconteceu exatamente como Deus queria que acontecesse. Como assim?

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Ao invés de dizer “aguente firme!”

Por Paul Tripp

Título original: “Aguente firme!”

Você já viveu uma situação difícil e, ao passar por ela, alguém lhe disse “aguente firme”? Talvez você mesmo tenha dito isso a um amigo, recentemente.

Acho que nossa intenção é boa quando falamos coisas assim, e nosso objetivo é encorajar aqueles a quem amamos, mas sejamos honestos: “aguente firme” não ajuda muito a reanimar nosso espírito ou a fortalecer nossa postura.

Sendo ainda mais honesto, algumas vezes, acho que dizemos “aguente firme” porque não estamos preparados para ministrar às pessoas que compartilham os sofrimentos delas conosco. Então, o que deveríamos dizer da próxima vez que alguém se abrir conosco?

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A esperança na verdade

A esperança que não se realiza deixa o coração doente,
mas uma que se realiza é (como) uma árvore de vida.

– – Provérbios 13:12 – –

Durante o tempo que Nina esteva conosco fizemos o possível para descobrir a verdade. “O que Nina realmente tem? Quão severo é a síndrome de Patau? O que o médico não está nos dizendo? O que os artigos científicos publicados podem nos dizer? Como eles nos ajudam? Existem médicos bem preparados para nos ajudar com o parto dela? Algum pediatra profundamente ciente de uma situação como essa?” A lista de perguntas era grande.

As questões não eram somente horizontais, ou seja, de um pai para um médico, de uma mãe para pesquisadores, de avós para amigos(as). As dúvidas também eram verticais, ou seja, como tudo isso se relacionava com Deus. Morte, vida, estado eterno, paraíso, inferno, Criador, deficiência, pecado, etc. Qual é a verdade? Como descobri-la? Karen, eu e todos próximos de nós buscávamos por respostas.

Hoje, ao pensar no provérbio acima (13:12), pensei em pessoas que desconhecem a Verdade – sim, Verdade com a primeira letra maiúscula. Somente consegui pensar em duas opções para tais pessoas: (1) ou elas se frustram agora, ou (2) elas se frustram depois. Continuar a ler