Cartas da História (Parte 4)

Parte 4
14/11/2011 – A segunda descoberta

Queridos amigos/irmãos,

Antes de qualquer coisa, MUITO obrigado a cada um de vocês que conversou com Deus sobre a situação que temos passado. Sabemos que há muitas situações que julgamos serem insuportáveis para pessoas como nós… Sabemos que Deus não nos faria passar por situações que realmente não aguentaríamos. No entanto, as notícias que tenho para lhes dizer não são boas de nossa ótica.

Hoje de manhã a Nina passou por mais um exame: Ecocardiograma fetal; acho que este era o nome. A médica, especialista no assunto, visualizou o ventrículo direito do coração de Nina numa proporção muito maior que o normal. Isso sugere algumas coisas que somente serão possíveis de se ter certeza com o acompanhamento do quadro e mais exames. Um deles genético. Segundo a médica, a pior situação que este quadro indica é a síndrome de turner, que atinge somente o gênero feminino.

Obviamente que mais uma vez ficamos tristes e choramos. Pedimos perdão a Deus por algumas negligências e clamamos por sua misericórdia nesta situação. Espero que em toda esta situação nós sejamos fiéis – esta é uma das minhas orações.

Por favor, ore. Que o nome de Jesus Cristo seja exaltado, sempre! Que nós sejamos feitos pequenos… Contamos com vocês, precisamos de vocês!

Na graça do Criador.

O caminho da descoberta: a cardiopatia (Parte 2)

Clique aqui para ler a parte 1

Mais ou menos uma semana depois de nós termos descobertos sobre a fenda palatal e o lábio leporino de Nina, nós voltamos para um novo exame: ecocardiograma fetal.

Estávamos na mão de uma médica nacionalmente conhecida por sua habilidade neste exame, Dra. Lilian Lemos, cardiologista infantil da USP. Aliás, já enxergamos com facilidade a provisão de Deus em nos proporcionar excelentes médicos para cuidar de Karen e Nina. Já que estou falando de bons médicos, outro  muito elogiado por outros colegas de profissão, depois de visto seus diagnósticos, foi o Dr. Eduardo Borges da Fonseca, com especialização em obstetrícia e medicina fetal, que minuciosamente observou os detalhes de cada ultrassom que fizemos. Foi através dele que conseguimos um exame com a Dra. Lilian, que foi contratada para estar em João Pessoa uma vez por mês para realização deste importante exame.

Bem, voltando ao exame, Dra. Lilian, bastante silenciosa durante o exame, concluiu que Nina tinha o ventrículo direito (VD) um pouco maior do que o ventrículo esquerdo (VE). Segundo ela, isso sugere uma coarctação da aorta (note bem palavra destacada), que em simples palavras é um estreitamento da primeira artéria que leva sangue oxigenado para todo o resto do corpo. A coarctação da aorta somente pode ser efetivamente diagnosticada após o parto. Por sua vez, a associação desta cardiopatia com o problema no lábio e palato de Nina, sugere a possibilidade de haver alguma síndrome.

Quando soubemos disso, ficamos ainda mais tristes. Pensamos: “como era pequeno o problema na boca de Nina, quando ao lado de uma síndrome.” A partir deste momento, nossos planos já eram outros. Possivelmente, o melhor lugar para que Nina saísse de Karen fosse em São Paulo, devido à possibilidade da exigência de uma cirurgia cardíaca. Mas a história não acabou na cardiopatia…

Clique aqui para ler um bom artigo sobre a importância de um exame como o ecocardiograma fetal.